REFORMA DA PREVIDÊNCIA: Deputados pedem PMs e bombeiros em reforma da Previdência dos militares e governo admite a inclusão.
25 de Setembro de 2019
Agosto: Primeira audiência
pública da comissão especial da reforma da Previdência dos militares (PL1645/19).
A
primeira audiência pública da comissão especial, recebeu o ministro da Defesa,
general Fernando Azevedo e Silva, além dos comandantes das três forças:
Marinha, Exército e Aeronáutica.
Após
apresentação do ministro da defesa, sobre o Projeto de Lei, os parlamentares que
participaram dessa primeira audiência criticaram a ausência de militares
estaduais, policiais e bombeiros militares, no texto da proposta.
"Em
nenhum momento ouvi o ministro da Defesa pronunciar 'policial militar' ou
'polícia militar'. Isso me deixa bastante preocupado pelo que representa hoje a
PM no Brasil inteiro", afirmou o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP).
Na
sequência, Azevedo e Silva respondeu às indagações dos parlamentares. "Eu
simplesmente li o artigo 142, não fui eu que afirmei, que define quem são os
integrantes das Forças Armadas. O projeto de lei são quatro leis e uma medida
provisória que diz respeito a integrantes das Forças Armadas. De forma alguma
excluo qualquer participação ou deliberação justa em relação às polícias
militares. O debate é valido, as polícias militares são instituições que
lidamos todos os dias”. Ainda acrescentou, “quando estamos desde 2016 fazendo o
nosso projeto, antes de entrar a PEC 06 em plenário, eu recebi a associação dos
comandantes gerais das polícias militares. Eles me perguntaram qual seria o
nosso projeto, falei que seria mudando leis ordinárias, e eles ficaram
satisfeitos. Não tive outro encontro. Não sou de maneira nenhuma contra
qualquer pleito em relação aos policiais militares, que são baseados em
hierarquia e disciplina, mas, já falei para alguns colegas daqui, que fomos
surpreendidos um pouco com o novo posicionamento em relação a quem representa a
Polícia Militar. Eu não fui procurado. Esse debate agora está com os senhores.
Precisa ver a parte jurídica disso, de maneira nenhuma vão ter as Forças
Armadas contra isso, mas a maneira que foi feito eu fiz a observação a cada um.
Por que não estão no PL? Porque eu não sabia, simples assim”.
Após a
votação do relatório na comissão especial, a proposta segue para o plenário da
Câmara e precisa de maioria simples para ser aprovado. São necessários apenas
257 deputados em plenário para ser iniciada uma votação.
Setembro: Comissão
sobre previdência de militares discute reivindicação de PMs e bombeiros.
Governo
admite incluir PMs e bombeiros nas regras de aposentadoria de militares.
Em
audiência pública da Comissão Especial da Previdência dos Militares, o
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, anunciou que
o governo admite a inclusão de policiais e bombeiros militares dos estados nas
mesmas regras previstas para os militares no Projeto de Lei 1645/19.
O
relator da proposta, deputado Vinicius Carvalho (REPUBLICANOS-SP), anunciou que
a paridade e integralidade para os PMs e bombeiros militares estaduais inativos
e pensionistas pressupõem as mesmas contrapartidas válidas para os militares
das Forças Armadas: pagamento de contribuição previdenciária pelos pensionistas
e aumento do tempo de contribuição – que, de acordo com o projeto, passa de 30
para 35 anos.
O
ministro acrescentou, porém, que a equipe econômica ainda está calculando o
impacto da inclusão dos militares estaduais na proposta. “O presidente Jair
Bolsonaro tem intenção de tratar de forma simétrica a polícia e os bombeiros
militares naquilo que o Parlamento decidir”, disse Oliveira.
Para o
relator, deputado Vinicius Carvalho, a cobrança de contribuição dos inativos e
o aumento do tempo de contribuição tornam a proposta aceitável para os estados.
“Os
estados estão entendendo que essa simetria, a inclusão dos PMs e bombeiros
militares no projeto das Forças Armadas, dentro do aspecto da contribuição
previdenciária para aqueles que estão na inatividade e os pensionistas, não
trará um déficit para os estados, que era a preocupação dos governadores”,
disse.
Segundo
ele, o estado de São Paulo, que tem 90 mil PMs e bombeiros em atividade e
outros 45 mil inativos ou pensionistas, acenou ser favorável à mudança.
“Quando
se fala nessa simetria de contribuição para pensionistas e inativos, então o
estado de São Paulo terá mais 45 mil pessoas que passarão a contribuir para o
sistema previdenciário, o que gerará superávit que não estava previsto. Por
isso São Paulo já acenou positivamente para a entrada das forças de segurança
pública no projeto das Forças Armadas”, disse.
Ao
participar de audiência anterior da comissão especial, o secretário de
Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que uma eventual inclusão dos
PMs e bombeiros militares no projeto deve prever as mesmas regras previstas
para os militares das Forças Armadas, como o aumento do tempo de serviço de 30
para 35 anos e o pagamento de contribuição previdenciária pelos pensionistas.
A
proposta do governo também prevê aumento progressivo na alíquota de
contribuição previdenciária, que hoje é de 7,5%, para 10,5% em 2022.
FONTE:
https://www.camara.leg.br/noticias/586485-governo-admite-incluir-pms-e-bombeiros-nas-regras-de-aposentadoria-de-militares/ Reportagem - Lincoln Macário. Edição - Antônio Vital. Acessado em 25/09/19
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/08/27/deputados-pedem-pms-e-bombeiros-em-reforma-da-previdencia-dos-militares.htm. Acessado em 25/09/19
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